O novo paradigma da terapêutica antirretrovírica nos doentes com VIH suprimidos
Segunda-feira, 21 Novembro 22 12:54

Ludgero Vasconcelos
Dr.ª Margarida Serrado
Infecciologia
O novo paradigma da terapêutica antirretrovírica nos doentes com VIH suprimidos
Segunda-feira, 21 Novembro 22 12:54
O segundo dia da Reunião “Ação em invocação – individualização dos cuidados VIH”, organizada pela ViiV Healthcare, abriu com duas mesas relacionadas com o novo regime terapêutico injetável de longa duração de ação. Na qualidade de moderadores da sessão “O que é Cabotegravir/Rilpivirina?”, o Dr. Ludgero Vasconcelos e a Dr.ª Margarida Serrado, apresentaram as principais conclusões de uma discussão que consideraram ser sobre “inovação”. Veja os depoimentos em vídeo.
O Dr. Ludgero Vasconcelos, infecciologista do Centro Hospitalar Universitário do Porto, inicia, reconhecendo que foi “uma mesa para a apresentação de inovação, de um novo avanço na terapêutica antirretrovírica”, afirma, clarificando que se trata “de uma biterapia, mas com fármacos injetáveis de libertação prolongada”.
Portanto, “é realmente uma grande evolução e será, uma vez mais, um marco na terapêutica antirretrovírica”, sublinha o Dr. Ludgero Vasconcelos, rematando que este novo regime vai possibilitar colmatar “vários problemas” associados à toma diária da medicação: a carga social e emocional.
Neste sentido, a mudança de paradigma na terapêutica “leva a que muitos doentes estejam realmente ansiosos para terem uma opção que os libertem desta sobrecarga diária”, conclui o infecciologista.
A Dr.ª Margarida Serrado considera que foi igualmente “uma mesa dedicada a um novo paradigma da terapêutica antirretrovírica nos doentes com VIH que estão suprimidos e que vai permitir que não necessitem de tomar um tratamento diário”, dado que estas novas formulações são terapêuticas de longa ação administradas de dois em dois meses.
Desta forma, a sessão teve como objetivo primordial “a divulgação deste novo tratamento que é o primeiro e único que está recomendado e aprovado para o tratamento destes doentes”, aponta a Dr.ª Margarida Serrado, acrescentando que “assistência colocou várias questões práticas e pertinentes que decorrem do facto deste regime ainda não estar introduzido em Portugal”, explica a infecciologista.