Estudo PORTHOS: “A prevalência é o dobro da expectável”

Cristina Gavina

Cardiologia

Estudo PORTHOS: “A prevalência é o dobro da expectável”

“No Alentejo, tivemos uma ótima adesão, mas encontrámos alguns números que nos preocuparam. Temos encontrado muitas pessoas não diagnosticadas e é esse o maior desafio.” Quem o afirma é a Prof.ª Doutora Cristina Gavina, do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, no âmbito da sua presença no Heart Team, sobre os resultados do estudo PORTHOS. Veja a entrevista em vídeo.

O estudo PORTHOS é “o mais ambicioso até ao momento, no âmbito da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, num consórcio colaborativo com a indústria farmacêutica e a academia”. Com uma elevada adesão, a equipa enfrentou, no entanto, desafios para “montar uma máquina desta dimensão; trazê-la para a rua e convidar pessoas a participar”.

Tanto no Alentejo como em Lisboa e Vale do Tejo, os resultados têm sido semelhantes: ótima adesão; números que preocupam, nomeadamente o dobro do expectável da prevalência da doença; e uma elevada percentagem de doentes não diagnosticados. “Estamos a ajudar a diagnosticar novos casos e a antecipar a orientação das pessoas.”

A especialista acrescenta ainda que o estudo PORTHOS tem uma “componente societal”, com vista a aumentar a sensibilização para a doença e planeamento em saúde no futuro, garantindo “um grande impacto nos próximos anos”.

O estudo PORTHOS mantém-se em movimento e desloca-se para Coimbra, de seguida para o Algarve e termina a sua viagem no Norte de Portugal. “A boa notícia é que estamos a planear ter uma extensão para a Madeira. Podemos ter resultados muito interessantes para compreendermos melhor o que havemos de fazer em relação a esta epidemia que é a insuficiência cardíaca.”


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