“Cumprimos o principal objetivo: discutir a Medicina Interna em conjunto com as várias temáticas”

Dr.ª Amélia Pereira

Medicina Interna

“Cumprimos o principal objetivo: discutir a Medicina Interna em conjunto com as várias temáticas”

A Dr.ª Amélia Pereira, presidente do 28.º Congresso Nacional de Medicina Interna, realiza um balanço “bastante positivo”, com uma “boa adesão” desde a apresentação dos trabalhos submetidos até às conferências e sessões. A Comissão Organizadora pretendia unir a Medicina Interna, uma especialidade multidisciplinar, a várias temáticas diferentes, resultando num programa “bastante abrangente” e com uma “participação ativa”. Em entrevista, a presidente partilha: “Conseguimos o que pretendíamos.”

Esta edição do congresso realizou-se novamente em formato híbrido, contando com um total de 2352 inscrições. Apesar de o congresso ser também virtual, os números de inscrição foram significativamente mais elevados a nível presencial, aumentando a qualidade da participação e adesão às sessões.

Já os trabalhos por internos, foram aceites e apresentadas no congresso 1991 trabalhos, de um total de 2723 propostas submetidas. “Este constitui um número bastante significativo de trabalho desenvolvido ao longo deste ano, demonstrando a capacidade de a Medicina se afirmar com trabalho efetuado pelos seus internos.”

A Dr.ª Amélia Pereira, enquanto presidente e representante da Comissão Organizadora, partilha os dois principais objetivos para esta edição do congresso major da especialidade: “Provar a nós próprios que erámos capazes de conseguir concretizar um evento com estas dimensões e tentar que fosse um congresso abrangente, que motivasse as pessoas a nível nacional e no próprio congresso a participar e a discutir os temas.” Com o congresso no fim, a presidente, satisfeita, reflete que o objetivo foi cumprido. “Estamos felizes e orgulhosos de ter conseguido aquilo a que nos propusemos fazer.”

Após um congresso tão bem-sucedido, existem vários agradecimentos a fazer. A presidente acredita que “sem a colaboração de todos não teria sido possível chegar a este ponto”. Em primeiro lugar, agradece à Prof.ª Doutora Lèlita Santos e ao Dr. João Araújo, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, por terem “confiado nesta equipa para realizar o evento”. De seguida, a Dr.ª Amélia agradece também à indústria farmacêutica por estarem presentes e participarem “ativamente numa época pós pandemia”.

Por último, “mas não menos importante”, refere, a presidente agradece ao Serviço de Medicina Interna do Hospital Distrital da Figueira da Foz e a todos os colegas profissionais de saúde, sejam médicos, internos ou especialistas, que estiverem presentes, mas também àqueles que ficaram a trabalhar. “A todos agradeço a participação, o entusiasmo e a sua dedicação a este evento.”

A propósito do próximo congresso, a 29.ª edição do Congresso Nacional de Medicina Interna já tem data marcada para 4 a 7 de maio de 2023, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, com o mote “Pontes para o futuro”, sob a direção do Dr. Jorge Almeida, do Centro Hospitalar e Universitário de São João.

Por fim, a especialista destaca que “a Medicina Interna está a atravessar um período difícil”. Apesar de a pandemia ter sido “exigente” para os profissionais internistas, que se tiveram de “multiplicar” entre as duas vertentes, neste momento, “estão numa fase de exaustão e de cansaço”. Para combater esta situação, a Dr.ª Amélia acredita que é preciso “reformular os serviços, obter mais recursos técnicos e humanos, para reforçar as equipas e conseguir que as pessoas tenham uma vida mais atrativa e menos cansativa”. Este é o momento “de virar a página”.


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