Controlo da HTA em Portugal: “As propostas devem ser negociadas com o doente para que se sinta parte da solução”
Sexta-feira, 24 Fevereiro 23 11:41

Fernando Pinto
Cardiologia
Controlo da HTA em Portugal: “As propostas devem ser negociadas com o doente para que se sinta parte da solução”
Sexta-feira, 24 Fevereiro 23 11:41
O 17.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global decorreu de 9 a 12 de fevereiro, no Centro de Congressos do Hotel Grande Real Santa Eulália, no Algarve. A marcar a tarde do terceiro dia teve lugar uma sessão patrocinada pela Tecnimede, que contou com a preleção do Dr. Fernando Pinto, assistente graduado sénior de Cardiologia do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV). Veja as declarações sobre a taxa de controlo da hipertensão em Portugal.
“Que fazer para aumentar a taxa de controlo da hipertensão em Portugal?” foi o tema desenvolvido pelo Dr. Fernando Pinto que começou por afirmar que “a literacia é fundamental”, uma vez que “o doente tem de perceber o porquê do tratamento, particularmente em doenças como a hipertensão arterial que são, na maioria das vezes, assintomáticas”.
Neste sentido, “é importante que o doente perceba os riscos e as vantagens de aderir às medidas propostas”, defende o cardiologista, apontando que as mesmas “devem ser negociadas com o doente para que ele se sinta parte da solução”.
“O primeiro passo é tentar perceber porque é que o doente não aderiu à terapêutica”, esclarece, concluindo que se deve apostar numa toma única, visto que “está provado que quando se aumenta o número de tomas ou o número de comprimidos, ainda que tomados ao mesmo tempo, diminui-se a adesão do doente à terapêutica”, conclui.