Associação entre tiroidite autoimune e múltiplas complicações materno-fetais ou neonatais

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Associação entre tiroidite autoimune e múltiplas complicações materno-fetais ou neonatais

Um estudo retrospetivo da autoria do Prof. Doutor Xiao Yun Xu, diretor do Graduate School, Imperial College London, cujos resultados foram publicados, em fevereiro, no Frontiers in Endocrinology, avaliou a associação entre a tiroidite autoimune (TAI) e a ocorrência de múltiplas complicações materno-fetais ou neonatais.

A tiroidite autoimune (TAI) é definida pela presença de anticorpos antiperoxidase (TPOAb) e/ou anti-tiroglobulina (TGAb). Os dados da literatura mostram que a TAI apresenta uma prevalência de 5 a 15 % em mulheres em idade reprodutiva, a qual poderá ascender aos 20 % em mulheres grávidas.

Comparativamente à disfunção tiroideia, o impacto da TAI na gravidez ainda é subestimado. A evidência atualmente disponível apenas relaciona os outcomes adversos na gravidez ao hipotiroidismo em mulheres com TAI. No entanto, o eutiroidismo (normal funcionamento da função tiroideia) foi encontrado em 75 % das mulheres grávidas com TAI.

Neste estudo, os autores reportaram uma associação independente entre a TAI e os outcomes adversos na gravidez, nomeadamente hipertensão induzida pela gestação e diabetes gestacional.

O estudo também indica que os bebés nascidos de mulheres com TAI apresentam baixo peso à nascença e um risco acrescido de internamento na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais.


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